Antes de tudo: Vocês notaram que na foto aqui de cima eu e a Lisa estamos numa pose meio ~blogueiras de moda~ pra dar uma contextualizada com o assunto? hahah
Desde bem novinha eu sou apaixonada por moda. Acompanhava mil blogs, vivia comprando roupas novas, trabalhei com várias marcas de moda na minha carreira e gastava boa parte do meu salário de publicitária em São Paulo com tudo relacionado a isso.
Quando decidi que iria morar uma temporada em cada lugar do mundo, a paixão por moda foi a primeira que eu boicotei. Parei de olhar vitrines, de assinar o feed da maioria dos blogs que eu amava, de ler revistas e acompanhar esse mundo de perto como fazia. Na minha cabeça, a paixão por moda era o que me fazia querer gastar compulsivamente. E, afinal, não dá pra viver viajando e se vestir bem. Dá?
Foi assim que eu consegui me desapegar de 80% do meu guarda roupa quando fiz as malas para sair do Brasil. Naquele momento, era uma coisa simples: meu novo estilo de vida era mais importante do que tudo aquilo. E doei/vendi tudo sem nem olhar para trás.
Só que o tempo foi passando, as roupas que eu tinha foram virando trapos – a última vez que comprei roupas foi em 2013, na nossa viagem de 3 meses pelos Estados Unidos, e foi lá que essa ideia de viajar o mundo trabalhando surgiu pela primeira vez – e comecei a me incomodar muito com o meu pequeno e já não tão amado guarda roupas (vulgo: mala de viagem).
Nada está caindo muito bem, vários furinhos, as roupas já não refletem minha personalidade ou onde eu vivo, cansei de sair de casa de jeans e camiseta porque o resto estava imprestável… esses detalhes que, para quem sempre se importou com o que estava vestindo, incomodam. Mesmo que eu não seja mais uma compradora compulsiva, eu nunca deixei de gostar de moda, de me sentir bem, de querer me vestir bem para mim mesma. E tentei manter meu estilo, que também cresceu e mudou muito, mesmo com as roupas de sempre. Só que isso chegou em um patamar tão tenso que não dava mais para deixar para depois.
Só que comprar hoje é uma coisa totalmente diferente. Minha mala não tem espaço para as coisas que eu não sou apaixonada, então não existe compra por impulso. Foi assim que eu entendi que o que me fazia gastar tanto dinheiro não era a paixão por moda – que ainda existe – mas a falta de um objetivo claro e palpável para o meu dinheiro. Seja um armário só com peças que eu amo ou a hospedagem do próximo mês.
E já que eu iria fazer compras, iria planejar essa parte da minha mala toda de uma vez.
Peguei minha pasta de referências do Pinterest e anotei tudo que eu mais gostava. Assim eu enxerguei meu estilo. Fiz uma lista nem tão grande assim, defini prioridades e fui atrás. Pesquisei, sofri para tirar o cartão da carteira, gastei muito menos do que tinha imaginado, troquei várias peças do meu armário que eu realmente precisava trocar e cheguei em casa com um sorriso de orelha a orelha.
Aí me surgiu a questão: porque eu tentei fingir que isso não era importante pra mim por tanto tempo? Me incomodava, me deixava pra baixo, fazia eu me detestar no espelho e me irritava só de abrir a gaveta. É óbvio que sempre foi importante.
Eu me pergunto o tempo todo como conseguir manter um estilo legal vivendo com um armário extremamente limitado, e ainda estou apanhando muito tentando descobrir. Então, minha resposta para o título desse post é: não tenho a menor ideia. Meu armário ainda é cheio de peças velhas com só algumas coisinhas novas, mas só isso já me dá uma perspectiva de que sim, talvez seja possível!
Alguém aí tem alguma sugestão?
De, primeiro um aviso: Acho que, sem querer, você duplicou o texto (tem alguns parágrafos repetidos no final)! hahaha enfim, eu adoro seus textos. Acho que você tem toda razão, é uma questão de prioridade. Você não precisa aniquilar TUDO o que é importante em prol de um objetivo, mas pode, sim, definir os limites e prioridades que tem para chegar até ele.
Agora, uma dúvida completamente aleatória, mas eu penso nisso desde que comecei a acompanhar o blog de vocês HAHAHA: Quem tira as fotos dos dois juntos? Vocês colocam a câmera em um tripé? – e, se sim, não bate aquele ~medo de levarem a câmera enquanto vocês fazem as fotos (não sei como é onde estão morando, mas no caso de São Paulo, por exemplo)
Um beijo!
http://www.saborabsinto.com.br
OOPS! Ainda bem que vc avisou, Vanessa! Já arrumei aqui! Obrigada!
Então, a gente tira as fotos com tripé e timer mesmo. Sempre dá um medinho, mas a gente fica bem esperto e dá umas boas olhadas em volta antes. ;)
Beijo!
Posso falar que eu AMEI esse post?! <3 Antes de sair do Brasil tive esse primeiro processo de desapego. Fiz un bazar, doei muita coisa porque sabia que não só o clima, mas meu estilo de vida iam mudar bastante. Mas não imaginei que ia mudar tanto. Aqui, no inverno é terrível, e você tem a sensação que usa a mesma roupa por quase seis meses (o casaco!). Sapato de salto? Conto nos dedos. Como comprei só o que realmente o que precisava, meu closet é completamente esquizofrênico, ou ando arrumada demais, ou ando de roupa de ginástica. Taí uma coisa que ainda não me achei. #problemascomplexos Hahaha.
Que consultoria incrível em forma de comentário, Jessica! Hahhaha eu comprei só coisas coloridas por causa do verão, mas hoje não tenho nem uma camisetinha básica preta e branca com um caimento legal. Aí trouxe tudo pra casa mó animada pra misturar com as roupas e….cadê? Agora as próximas compras serão dedicadas justamente ao que você falou: os neutros!
E com suas dicas ficou, sei lá, 50% mais fácil! hahhaha obrigada!
Meu sonho….
Oi Debbie, descobri um blog esses dias que chama Unfancy – http://www.un-fancy.com/. Essa garota montou o guarda-roupa dela com apenas 37 peças, o esquema dela é muito legal. Beijos
Eu tive essa sensação de estar com a mesma roupa por muito tempo, é um saco! Sapatos de salto eu levei alguns para Berlim, mas não usei nenhuma vez e larguei tudo em São Paulo na minha última ida pra lá.
E quanto ao closet esquizofrênico, comigo é meio isso também! Hahahah mas tudo veeeeelho acabado. Acho que agora que comecei a PENSAR sobre o guarda roupas vai ficar mais fácil de comprar as certas, eu acho, mas hoje 60% das minhas roupas são de ficar em casa/dormir/correr – trabalhar de casa facilita isso na nossa vida, né? Mas, aff, já deu! Quero estar vestida decentemente até pra passear com os cachorros. Hahahah
Oii De, a dica da Jessica é realmente a ideal. O bom mesmo é você ter essas peças nas cores neutras, acho válido tanto para as blusas quanto para as partes de baixo, com isso você já sabe que todas as neutras combinam entre si, assim você não vai ter grandes dores de cabeça. Deixe o colorido mais para os acessórios, como os sapatos. beijos!
Li esse post esses dias e me identifiquei muito, acabei de achar esse post aqui:
http://www.girlswithstyle.com.br/descobrir-e-desenvolver-seu-estilo-proprio-e-uma-forma-de-facilitar-sua-vida-e-aumentar-a-autoestima/
e acho que pode nos ajudar muito, algumas coisas tu comentou mas tem outras dicas também muito boas pra seguir. Espero que ajude :)
Até esqueci de te responder aqui, mas entrei nesse blog no dia que você mandou o comentário e fiquei HORAS lendo! hahaha é muito legal mesmo, obrigada!
Boa! O GWS é maravilhoso. <3
Ai, que texto na hora certa! Que missão difícil. Eu já tinha lido por aí sobre prioridades, montar uma lista e ir mês a mês cumprindo. Mas eu não sei minhas prioridades! Vamos juntas na missão Debbie! Amei o post!
Também me sinto neste dilema.
Estou com peças boas mas que já cansei de usar e que HOJE não tem mais minha cara pela idade e tal.
E estou pesquisando e anotando pra ver onde investir.
Gostei das dicas sobre as cores neutras e peças básicas que dão pra variar com mais coisas. Como jaquetas, blazers e afins ;)
Adorei o post.
Oi Debbie, simplesmente adorei seu site! Desejo de consumo me tornar nômade digital ;o) e levar meus dogs comigo!
Quanto ao guarda-roupa, além das referências visuais (Pinterest – excelente!) você precisa antes de mais nada, colocar no papel como é seu dia-a-dia (muitas horas no carro, transporte público, passeios com os cães, tarde nos cybercafés, jantar com o maridão, etc) e a partir daí, você vai ter uma visão de suas "necessidades". Conforto e versatilidade é um item importante para você e, ao comprar pergunte: "esta peça combina com mais 4 peças que eu já tenho?"se a resposta for negativa, não pense duas vezes e mude de arara ;) . Tecidos: prefira as peças com tecidos naturais como o algodão para as peças em contato com o corpo e pense em usar tecidos tecnológicos (sintéticos) porque não amassam ou, amassam muito pouco (na viagem a última coisa a pensar é em passar roupas, certo? rs). Outro ponto: frio ou calor? Em que período vc está? primavera? inverno? Para ter um guarda-roupa versátil, vista-se em camadas; te protege das baixas temperaturas e você pode usá-las separadamente na primavera ou verão por exemplo. Como a Jéssica comentou, a base de seu guarda-roupas deve ser as cores neutras (pois são mais fáceis de combinar com outras peças, como o bege, cinza, preto, branco, marinho, caramelo) e acrescentar um toque de cor nos acessórios (aliás vc pode comprar ao redor do mundo, dando um toque exclusivo no seu estilo pessoal). O legal sempre ao usar acessórios e peças junto ao rosto, é optar por tons que favoreçam sua tonalidade de pele que pode ser quente, fria ou neutra (se vc quiser, lá no site tem um teste gratuito). Bom, espero ter contribuído para sua jornada nômade! Um abraço (se quiser me visitar: http://www.construcaodeestilo.com)