Algo importante que meus 25 anos me ensinaram

Ontem, como vocês viram no flood do meu Instagram, foi meu aniversário de 25 anos.
E, por mais que eu tenha passado as últimas semanas em pânico pela nossa falta de onde morar em menos de duas semanas, também tinha uma grande parte de mim dando pequenos surtos e choquinhos de tensão quando eu pensava que, puta merda, eu vou fazer vinte e cinco anos!

Honestamente, eu não tenho a menor ideia se os 25 são a idade da sabedoria, do conhecimento ou da aceitação. Sei que ainda tenho muito a ser vivido e muito mais a aprender, e acho que tudo que antecede seu aniversário é o que te transforma de verdade. A data é só um marco de tudo que você vem aprendendo, e por isso tão legal de ser comemorada.

Mas 25 anos pode soar tão longo pra mim e tão curto pra tanta gente, né? A minha vida toda, até o momento, esteve dentro desse espaço de tempo. Mas à partir de hoje ele vai se diluindo nos próximos anos e virando só uma fase, dentre tantas.

Nos últimos tempos eu aprendi algo que valeria muito para a Debora de 15 anos – mesmo que ela não soubesse. Também vale muito para a Debora de hoje e acredito que também vai valer para a Debora do futuro. E por ser algo que, ao meu ver, é tão consistente, achei legal falar um pouco sobre isso.

Não se limite a ser, para sempre, o que você é hoje.

Não deixe que os seus medos entrem no caminho do que você sonha ou do que quer se tornar. Não faça a besteira de achar que você não é capaz de fazer alguma coisa simplesmente porque nunca fez antes. Começar algo novo dá medo, você se sente um idiota, vai dar errado provavelmente umas 5 mil vezes até o dia que dará certo, vai te frustrar, vai doer. E vai ser transformador, você vai aprender muito em cada tombo, vai se enxergar cheio de orgulho no espelho nas vezes que der certo e, acima de tudo, vai te manter vivo. Vai te manter em movimento. Crescendo, mudando, caindo, tentando de novo.

Eu tenho uma lista enorme de coisas que eu quero aprender. De coisas que eu quero fazer. De coisas que eu quero ser. E, na maioria das vezes, eu vou empurrando cada uma delas com a barriga. Por medo de dar errado. Por medo de me frustrar com a minha própria falta de talento. Por medo de ter que me olhar no espelho a cada vez que eu errar.
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Mas quando eu dou um passo em direção a alguma coisa dessa lista, mesmo que na velocidade de uma tartaruga, eu sou outra pessoa. Só aquela caminhadinha sutil já me transforma em uma pessoa nova. Já me dá motivação pra dar outro e outro passo. E, finalmente, consigo me movimentar em direção ao que eu quero e parar de ficar observando todas aquelas oportunidades sendo dispensadas pela minha deliciosa zona de conforto.

Quantas vezes não ouvimos as pessoas dizendo “Eu sou assim!” quando, na verdade, elas estão se esquecendo que sim, hoje, nesse exato momento, elas são assim. Só que o ser humano não é uma coisa uniforme e constante. Nós mudamos o tempo inteiro. Quando aprendemos uma receita nova ou quando conhecemos alguém por acaso no ônibus, nós mudamos. Estamos mudados pela simples presença dessa situação na nossa vida. E, sim, você é exatamente do jeitinho que é hoje, mas isso está em movimento constante. O seu próprio corpo é um apanhado de células em movimento. Uma matéria que se transforma, se adapta, cresce e muda.

Hoje, você é exatamente essa pessoa que conhece. Mas não fique preso a ela. Não se limite a ser, para sempre, o que você é hoje. Não se limite ao que você já sabe, a sua personalidade de agora, aos seus hábitos ou suas habilidades de hoje. Você já está sempre mudando, crescendo e aprendendo. É ainda melhor se você decidir para qual direção seguir.

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