Nos últimos dois meses, vivendo em uma cidade pequena e com poucas coisas pra fazer, nós tivemos tempo para pensar em muita coisa. Rever nossa forma de trabalho, como estamos levando nossa vida, os problemas que enfrentamos nos últimos meses, nossos sonhos e os mil planos para o futuro. Com tanta reflexão, foi quase natural pensar nos nossos objetivos e tentar decidir quais serão os próximos passos para continuar vivendo na direção que nos faz mais felizes – seja lá onde isso vai nos levar.
Ultimamente estamos sofrendo bastante com duas coisas: bagagem e transporte (quem nos segue no Facebook já deve ter visto nossos vários dilemas com transporte pra sair de Córdoba). Como viajamos sempre com os cachorros e duas malas enormes, nunca conseguimos sair de uma cidade de uma forma mais econômica do que alugando um carro. Normalmente evitamos o transporte aéreo – e muitas companhias nem aceitam cachorros despachados em aviões pequenos, para voos mais curtos – e acabamos recorrendo ao carro por ser justamente a única opção para conseguir viajar com duas caixas de transporte de cachorro enormes e nossas malas.
No fundo, nós já sabíamos que carregar tantas coisas com a gente, pra todos os lugares, era o principal fator para nós mudarmos tão pouco de país. É complicado fazer e desfazer todas as malas, as caixas dos cachorros são dois trambolhos sem rodinhas ou alças (vejam na foto aqui embaixo) e ter a quantidade de coisas que temos, viajando o tempo todo conosco, acaba nos deixando bem mais lentos do que gostaríamos.
Apanhando desse quebra cabeça eterno que é a nossa vida, pensamos em várias soluções e nenhuma parecia se encaixar com o que nós dois queríamos e o que estávamos tentando fazer. Até que surgiu uma luz: e se a gente escolher uma cidade “base” para voltar de todas as nossas mudanças e termos tempo de planejar a próxima? Isso nos tiraria do ritmo frenético que é chegar em uma cidade já pensando no próximo destino. De quebra, ainda teríamos uma casa para chamar de nossa – pelo menos de vez em quando.
Só que São Paulo é muito longe para ir sempre com os cachorros, a viagem é muito cara e o aluguel é surreal. Córdoba não tem nem aeroporto. Lisboa nem conhecemos ainda. E se a gente for para…Berlim?
É uma cidade que amamos. É barato pra viver. É perto de tudo que queremos conhecer. Podemos viajar de trem com os cachorros na coleira. Ou encontrar um hotelzinho/pet sitter confiável que pode cuidar deles sempre. É perto de vários países que ainda não conhecemos. Tem aeroporto. Tem trens que levam para a Europa inteira. Podemos alugar o apartamento quando estamos em outro lugar. Podemos fazer viagens curtas. Podemos ter uma casa pra chamar de nossa. Podemos sentar e planejar a nossa vida antes de agir.
E é por isso, queridos leitores, que Berlim está aparecendo aqui ao lado como nosso próximo destino depois de Lisboa! :)
As mudanças constantes e todo o ~nomadismo~ vão continuar da mesma forma. Só que teremos a liberdade de ir morar em mais lugares, carregar menos coisas e aproveitar melhor a vida com duas coleiras numa mão e uma mala de viagens na outra – dessa vez, só uma malinha de mão.
Então, num futuro próximo, esperem muitos posts novos: sobre Berlim, a decoração da nossa nova (e primeira!) casa juntos, sobre cidades e países diferentes e, é claro, muitas histórias sobre como a gente está lidando com esse mais novo estilo de viver.
No fim, como eu falei nesse post aqui, a vida de nômades é feita de hipóteses. E resolvemos testar essa ideia de ter uma casa nos esperando enquanto moramos por aí.
Dia após dia, vamos vendo de qual forma nós quatro nos adaptamos melhor.
Nos desejem sorte! :)
Que lindos! Eu já tinha visto Berlim aqui do ladinho, mas fiquei só aguardando a posição oficial… Parabéns! <3
Ai, que legal! Toda sorte do mundo pra vocês :D
Que legal!! Amo Berlim mas vcs sabem que não é uma cidade de viver né? Estão preparados para o frio extremo e escuridão 10 meses por ano? Boa sorte para vocês
escuridão 10 meses por ano também não. hahahaha mas 3 -4 sim. Mas quando tiver frio eles saem, né?
Juliana Rebelo Doraciotto Bom foi isso pelo menos o que eu escutei de duas pessoas conhecidas que moram por lá. Elas diziam que o frio não era tanto o problema porque você ficava pouco tempo na rua e rolava altos eventos nos ambientes internos. Ambos relataram q a escuridão deprimia geral
Escuridão entendi com ausencia sol
Eles moraram em Berlin por uns 9 meses. Sabem bem onde – aliás, na maravilha que estão se enfiando. :) Fê e Debbie, boa sorte! Vejo vocês por aí no ano que vem. <3
Danielle Bispo Sim, mas dura 4 meses no máximo (ano passado era fevereiro e ja tava solzão, em 2012-2013 foi o inverno mais escuro desde 1800 e pouco e fez 5 meses de escuridão, normalmente são 3 mesmo). Se fossem 10 não tinha ninguém vivo lá pra contar história. rs
Danielle Bispo a gente já morou 9 meses em Berlim, né? Lá é incrível, a escuridão fica só uns 3-4 meses do ano, como a Ju falou mesmo. O frio a gente pegou até uns -5, mas a melhor parte é que se não estivermos mais afim de continuar passando frio, é só ir viajar pra outro lugar e voltar quando a cidade estiver mais alegrinha. :)
Debbie Corrano A gente vai voltar também, sabia?
Mentira. hahaha (mas quem sabe 2016, né?)
Juliana Rebelo Doraciotto AGUARDANDO
Debbie Corrano Imagino que morar na cidade seja incrivel mesmo (não tenho problema com frio rs)!
Conheci o vosso blog há cerca de dois meses. Adicionei-o aqui ao meu RSS feeder e desde então tenho o acompanhado. Parabéns pelo vosso cantinho na Internet.
Vivo perto de Lisboa (aliás, sempre vivi), e já lá fui muitas vezes. Também tenho familiares que conhecem a cidade bem.
Se tiverem alguma dúvida quando estiverem por cá, contactem-me pelo Facebook. Tentarei ajudar naquilo que for conseguir.
Boa sorte e boas viagens!
Escuridão 10 meses no ano? É o pólo norte! rsss
Nem no inverno fica escuro todos os dias, o máximo que tivemos sem sol foi 1 mês… de vez em quando ele dá as caras no meio do inverno. E nas outras estações nem se fala <3 Berlim é mara e eles conhecem bem :D Estou ansiosa pelos posts por aqui!
Já pensaram em morar em um RV/Kombi, etc? hahaha