Uma das delícias de viajar é conhecer pessoas novas, descobrir outras realidades e ouvir histórias de gente com quem nunca conversaríamos em outra oportunidade. Mesmo conhecendo lugares novos e incríveis, o que mais nos encanta e faz uma viagem ser única são as pessoas que estão por ali e as coisas que vivemos com elas. Acho que vocês já perceberam isso por aqui, né?
Nesse mês viajamos pelo Brasil – aqui tem tudo explicadinho! – com a Copag coletando histórias em oito cidades e sete estados diferentes para a websérie do Dia do Baralho. Em todos esses dias, o que mais fizemos foi conversar com pessoas. Pessoas que nunca teríamos a chance de conversar se não fosse por causa desse projeto. Não só porque moram em outros estados, mas porque nossas histórias provavelmente nunca se cruzariam. Depois de tantos papos e coisas boas que aprendemos nesses mais de 3.200 km rodados pelo Brasil – devidamente registrados pra cá –, se tem uma coisa podemos garantir é que renovamos nossa fé na humanidade.
É engraçado, porque já conhecemos gente do mundo todo – de casal do Chipre a viajantes chineses, de senhores franceses a cantores africanos de jazz – e, ainda assim, ficamos muito surpresos com cada uma das histórias que descobrimos pelo caminho aqui no Brasil. É claro, cada pessoa é única e sua história também, mas é muito louco como o povo brasileiro é incrível e legal. Nessas tantas conversas todos nos recepcionaram dentro de suas casas ou nos lugares que frequentam com um sorrisão no rosto, verdadeiramente felizes de falarem com a gente. E não foram só os entrevistados, não! Todo mundo que conversamos, em restaurantes, postos de gasolina, lojas, bares e hotéis traziam essa mesma simpatia.
Brasileiro é o tipo de gente que segura na sua mão e conversa sem vergonha de mostrar quem é. Que não precisa e nem quer ser distante ou desconfiado. Que não tem medo de contar histórias, de se emocionar ali, na frente de duas pessoas que ele acabou de conhecer. E isso, depois de mais de dois anos interagindo com gringos fora do Brasil, é gostoso demais. Você se sente em casa mesmo no meio da rua, em uma praça do Rio de Janeiro cheia de senhores na casa dos seus 60 anos jogando sueca, sabe?
Depois de viajar essa semana pelo Brasil, voltamos pra casa ainda mais orgulhosos de sermos brasileiros. Porque pra gente não tem tempo ruim. Não tem problema que tire nosso sorriso do rosto. Nós batalhamos sim, e muito. Mas isso nunca vai tirar nossa alegria de viver e de olhar para a vida. Isso é muito, muito único. Uma característica só nossa mesmo.
Entre uma locação e outra, um cochilo no ônibus e um lanche na beira da estrada, descobrimos um monte de gente interessante, com histórias fantásticas e super inspiradoras. Daquelas que nos enchem de orgulho de podermos estar ali, por algumas horas, ouvindo ela falar. Conhecemos reis, damas e valetes. Gente de todos os naipes. E levamos um pouquinho de suas histórias de vida, nos emocionando, rindo e aprendendo a jogar seu jogo favorito.
Vimos o quanto uma conexão que parece tão simples como o baralho já faz as pessoas se abrirem mais com a gente. De repente não estamos mais rodeados por pessoas, câmeras e microfones. Somos só nos ali na mesa, aprendendo o jogo que eles sabem de cór há anos e relembrando histórias como velhos amigos.
Nesse primeiro episódio da websérie parece que a gente é amigo de todo mundo na mesa há anos! Mal dá pra perceber que, além da Renata, nossa leitora que indicou essa história tão legal, a gente tinha acabado de conhecer todo mundo na mesa.
Viajando pelo mundo às vezes ouvimos muita coisa de brasileiros que querem mais é esquecer que vieram daqui. Gente que tem vergonha do seu próprio sotaque. Que acha que ser do Brasil é uma desvantagem. Que não somos um país sério, que nosso povo não sabe de nada, que nossa história foi criada por vias erradas.
Eu sou do time que fala cheia de orgulho que sim, eu sou brasileira. E meu sotaque quando eu falo qualquer outra língua pelo mundo é, sim, de uma brasileira. Esse sotaque é parte da minha criação, da minha história, do meu crescimento. É parte de quem eu sou. Parte do que nós somos. Podemos não ter o país melhor administrado, o mais rico ou um dos melhores para se viver. Mas ele nósso país. É de onde eu vim e onde toda minha família e meus amigos foram acolhidos. E, se você vier para o Brasil, vai ser acolhido também. Porque o povo que vive dentro do Brasil é, sim, o povo mais incrível do mundo. 😃
Assiste aí essas outras duas histórias que pegamos aqui na minha, na sua, na nossa São Paulo:
Para acompanhar cada passo da nossa viagem, assina o canal do Youtube da Copag! Lembrar de cada uma dessas histórias e compartilhar elas com vocês faz a gente abrir um sorrisão no rosto e guardar todas essas lembranças no nosso deck de histórias para contar 😃
Esse post foi feito em parceria com a Copag, que nos convidou para o projeto do Dia do Baralho. Todas as opiniões são 100% nossas. São iniciativas como essa que nos permitem criar posts diferentes e ainda mais legais para o Pequenos Monstros. :)