Paris é aquela cidade que todo mundo tem uma opinião formada sobre. Sendo um dos lugares mais turísticos de toda a Europa, todo mundo fala sobre o quanto a cidade é incrível, linda e que iríamos nos apaixonar. Sentindo cada vez mais essa pressão do “como assim você mora na Europa e ainda não conheceu Paris?” e juntando com aquela vontadezinha de conhecer um país diferente, encaixamos a capital da França como nosso primeiro destino do ano.
Pra falar a verdade, Paris nunca esteve no meu top 5 lugares que queria conhecer na vida. Por vários motivos, mas especialmente porque essa paixão que todo mundo tem por lá, coisa que nunca me agradou muito – eu até tento evitar, mas passei a adolescência virando a cara pra qualquer coisa que todo mundo gostava e ainda costumo ter essas preferências. Até falei bastante sobre isso no nosso último mailing. Sim, eu sou ~a diferentona~. hahaha
Mas no fim, já que o Fê queria ir, combinamos uma viagem ainda em Fevereiro, para já resolvermos isso de uma vez.
O que me dava uma preguicinha de Paris era a aura romântica que as pessoas associam a cidade e aos seus pontos turísticos. Parecia que Paris, para ser aproveitada de verdade, precisava ser indo de um ponto turístico “im-per-dí-vel” para outro. A gente ainda nem tinha pego o vôo e tinham mil dicas acumuladas falando que “se você não for ao ponto turístico TAL, não foi para Paris.”. A gente anotou várias dicas e aproveitamos ao máximo, mas os pontos turísticos podem até ser legais, lindos, mas cada um faz uma viagem diferente, né?
Essa história de que “você precisa fazer X, Y e Z, se não não foi para a cidade TAL” é uma das coisas mais chatas que as pessoas adoram falar sobre viagens. Tem coisa mais besta do que definir a experiência de outra pessoa baseada na sua? Claro que dar dicas é super válido e adoramos receber várias, mas é a obrigatoriedade que incomoda. Por causa de todas essas obrigações que colocam na viagem alheia, e por já não ser a maior fã de pontos turísticos como um todo – especialmente os muito cheios – ir para Paris não estava no topo da minha lista de prioridades.
O que eu não sabia é que Paris ia muito além dos pontos turísticos que todo mundo tira fotos na frente. E essa foi uma das surpresas mais legais que eu tive da cidade.
É claro que é surreal sair do metrô e dar de cara com o Arco do Triunfo, vendo de plano de fundo a Torre Eiffel. Nem exatamente por eles, mas por tudo que eles representam e por todos os lugares que já vimos aquela cenas. Tem Torre Eiffel em Las Vegas. Tem Torre Eiffel na Disney. Tem Torre Eiffel até no Hopi Hari. Tem Torre Eiffel em mais da metade dos filmes que são gravados na Europa. Quando você dá de cara com a Torre Eiffel de verdade, é um misto muito estranho entre: eu estou super acostumada com essa vista & não acredito que estou vendo isso de verdade. Isso é realmente incível.
Só que o que mais me impressionou mesmo não foi só conhecer esses pontos turísticos de cartões postais da França. Foi descobrir que Paris vai muito, mas muito mais além do que tudo isso, e é o tipo de coisa que poucas pessoas acabam falando sobre – seja porque a viagem é curta demais, porque não faz o estilo delas ou por pura falta de informação mesmo.
Eu sei que parece bem inocente da minha parte acreditar que uma cidade era feita dos seus pontos turísticos. Além de muitos turistas, Paris tem muita gente vivendo ali todos os dias e também roubou o coração de muita gente que tem os gostos parecidos com os nossos – eu só nunca tinha entendido muito bem porque… até chegar lá.
Agora, depois de ter passado uma semana na ~cidade luz~, nossas lembranças não ficaram marcadas na Torre Eiffel, ao Louvre ou ao Arco do Triunfo, até porque acabamos não entrando em nenhum dos três. Assim como, eu aposto, as pessoas acabam lembrando das suas viagens para Paris em vários momentos, não só ali, na frente da torre.
Nós vamos lembrar do estilo único de cada bairro, dos cafés legais, do som do francês sendo falado nas ruas, dos pães macios e crocantes ao mesmo tempo e até do bom gosto surreal em seleções de roupas, decoração e tudo que é possível, sacudindo até os seres humanos menos consumistas do planeta.
No fim, exploramos Paris da nossa forma: fizemos um reconhecimento geral em todos os bairros que mais nos interessavam, passeamos sem pressa pelas ruazinhas que chamavam nossa atenção, entramos em cafés, bares, restaurantes e lojinhas legais, tiramos fotos na frente daqueles pontos turísticos padrão sem pressão de ter que pegar a fila e entrar.
Paris é mesmo essa pintura em forma de cidade. Essas cenas de filme acontecendo na rua, enquanto os carros atravessam de um lado para o outro. Esses lugares que você fica parado, só olhando, desacreditando que está em um lugar tão lindo quanto esse. Paris é muito mais do que os seus pontos turísticos. E essa foi a coisa mais legal que descobrimos nessa cidade tão incrível.
É justamente por isso que falamos aqui sobre as nossas primeiras impressões. Porque outras virão. Porque Paris nos deu aquela sensação de que é óbvio que voltaremos para lá um dia – ou vários. Para passar mais uma semana ou três meses. Quem sabe, né? Enquanto isso, vamos publicar vários posts nas próximas semanas com tudo que mais gostamos nessa cidade incrível. :)
Não vou mentir que quando fui pra Paris fiz as coisas de turistas, mas não porque eu tinha que – isso é uma merda mesmo – eu fiz o que eu queria fazer.
1. subi na torre porque não tinha fila alguma em pelo inverno de janeiro
2. subi pra patinar na pista de gelo que tava lá provisoriamente
3. subi no arco do triunfo porque também não tinha fila, e porque foi mágico ter uma vista tão linda de Paris com a Torre junto
4. Entrei no louvre porque amo arte, sou fotógrafa
5. Fui ao palácio de Versalhes porque amo a história da revolução francesa
6. Fiz o passeio de barco porque nele conta as histórias que aconteceram durante vários períodos históricos e que o rio sena testemunhou
mas, o mais importante de tudo isso, eu conheci franceses, eu andei de bicicletas com eles, eu comi o crepe de rua feito a mão sem luva que é como eles fazem. Como vocês eu entrei por várias ruazinhas diferentes. Acordei seis da manhã pra comprar a edição única da revista charlie hebdo e briguei por ela com outros franceses, conversei sobre política com uma americana que foi morar lá por gostar dos princípios.
Enfim, eu prefiro viajar do que turistar, e os meus programas turisticos não são porque precisam ser feitos, mas porque eu quero faze-los, porque são importantes pra mim, mas pra vive-los e não ter a foto perfeita e cumprir com o checklist!
e resumindo novamente, arrasaram no post como sempre!
Por viver em Paris há mais de cinco anos, este post deixou-me a sorrir! Paris é mesmo muito mais do que os pontos turísticos e tento fazer isto a todos aqueles que visitam esta cidade pela primeira vez. Post muito bonito e representativo da cidade da luz!
http://nomadismodigital.pt – Nomadismo Digital Portugal
Quando visitei Paris fiz um roteiro bem turístico (sempre fui apaixonada pela cidade e não quis deixar de conhecer as paisagens mais famosas). Ironicamente, os momentos que lembro com mais carinho são as caminhadas a esmo, enquanto eu e minha amiga íamos de um lugar para o outro. É uma cidade muito charmosa, né? No fim, o que vale é a experiência: o sorvetinho que tomei por impulso (só porque bateu vontade e parecia bom), a praça cheia de artistas de rua, ser confundida com uma francesa por uma local… enfim <3
Difícil é visitar Paris só uma vez, né? <3
Difícil é visitar Paris só uma vez, né? <3
Ah, mas quando os pontos turísticos tem tudo a ver com você, super vale a pena mesmo! O mais legal é fazer seu próprio roteiro de acordo com o que você ama mesmo, não com o que "você-não-pode-perder!".
Ah, mas quando os pontos turísticos tem tudo a ver com você, super vale a pena mesmo! O mais legal é fazer seu próprio roteiro de acordo com o que você ama mesmo, não com o que "você-não-pode-perder!".
As coisas que parecem mais simples são sempre as que nos marcam mais, né? Nossas principais lembranças de lá também são das ruazinhas, do café que paramos aleatóriamente… é muito amor <3
As coisas que parecem mais simples são sempre as que nos marcam mais, né? Nossas principais lembranças de lá também são das ruazinhas, do café que paramos aleatóriamente… é muito amor <3
É engraçado como isso que você falou acontece em vários lugares do mundo, mas é tão forte em Paris, né? Eu fui lá quatro vezes e, como sempre acontece, cada uma foi bem diferente. Na primeira, tava em êxtase, não tanto pela cidade em si, mas por estar na França – afinal, eu estudava francês há anos e poder colocar o idioma em prática e sentir ao vivo a cultura que eu vivenciava em livros, filmes e músicas foi incrível. Passei uma semana andando sozinha de cima a baixo, até com neve forte cortando meu rosto e congelando minha mão, haha. Depois, fui com minha irmã, que nunca tinha estado na cidade, e a convenci que valia muito mais a pena desbravarmos a primavera parisiense com calma. Por isso, não entramos no Louvre e não fizemos um monte de coisa da 'to-do' list tradicional, mas passamos muito tempo deitadas em jardins comendo cerejas e perambulando por aí… <3 Na terceira vez, voltei lá com meu pai e a mulher dele e fiz um programa bem turistão; confesso que saí de lá com "preguiça" da cidade. Meio enjoada, sabe? Mas aí tive a oportunidade de passar mais 24 horas lá com um amigo, hospedada no Quartier Latin, e (re)descobri alguns cantinhos delícia. Enfim, esse blablabla todo é pra dizer que muitos amigos me perguntam quais cidades devem incluir na sua primeira vez na Europa e quase todos colocam Paris como algo "obrigatório", mas sempre comento que outros lugares podem ser mais interessantes, conhecendo o perfil deles, e que se eles quiserem realmente ir (não por se sentirem "obrigados") tem mil "Paris" diferentes pra eles conhecerem :)
Oi Debbie e Fe,
tenho 19 anos e já acompanho o blog há algum tempo. Estou cursando o terceiro ano de jornalismo, mas sei que isso não é para mim. Já pensei muito em fazer publicidade, mas não consigo me decidir sobre nada. Gostaria muito que vocês gravassem um vídeo, por exemplo, falando sobre as escolhas de vocês. Ambos são publicitários, mas seguiram a linha da criação? ou do marketing? e como exatamente são esses trabalhos de freelas que vocês fazem? Adoraria saber mais sobre vocês.
Muito obrigada e parabéns pelo conteúdo íncrivel do pequenos monstros e de todas as mídias de vocês (acompanho em todas!).
Beijo grande para vocês e para a Lisa e o Luca, claro.
Oi Victoria! Essa é mesmo uma boa ideia de video! A gente trabalha com planejamento digital, então criamos estratégias de posicionamento, conteúdo e criação para marcas atuarem online. Vou deixar essa pauta guardadinha aqui para gravarmos em breve e explicamos melhor! :)
Um beijo!